Com o acúmulo de riqueza no século XIX houve a necessidade de conquistar novos mercados consumidores. Com isso ocorreu o Imperialismo, que foi a dominação dos países industrializados da Europa sobre países tidos como "atrasados" da África e Ásia. Houve dominação também na América.
Essa colonização, a do século XIX, foi diferente da colonização que ocorreu entre os séculos XVI e XVIII, época da transição do feudalismo para o capitalismo.
No Imperialismo a busca era por fornecedores de matérias-primas para as indústrias e, conseqüêntemente, de mercados consumidores, enquanto que a colonização que começou no século XVI, buscava metais preciosos, de grande valor no mercado europeu. Além disso, essa colonização se concentrou mais na América.
O processo de colonização:
A dominação européia não teve limites. Para eles os africanos e os asiáticos eram povos "subdesenvolvidos" e necessitavam de mudanças.
Tinham como argumento que um povo civilizado seria aquele que tivesse a mesma cultura européia, isso é, o mesmo modo de vida e o mesmo desenvolvimento. Usavam de violência com a população, utilizando exploração pela força e submissão racial.
Alguns tinham por argumento a religião. Queriam levar a palavra de Deus aos povos que não eram cristãos.
De uma forma ou de outra, sempre menosprezaram os povos colonizados.
Houve também outros tipos de domínio. A dominação econômica deu-se em países que tinham independência e um governo próprio.
Com isso ficaram submetidos ao controle econômico dos países imperialistas. Essa dominação ocorreu em países da América Latina.
A partilha da África
Os europeus já exploravam algumas regiões do litoral Africano desde o século XVI, por causa do comércio de escravos. Mas os europeus não conheciam totalmente a África.
Houve muitas expedições com a finalidade de conhecer mais a África. Muitos aventureiros, botânicos, biólogos foram para lá estudar e conhecer a região.
Foi a partir de 1870 que começou a disputa imperialista. Em 1885 foi realizada uma Conferência Internacional em Berlim, onde se estabeleceu a partilha da África para que não houvesse conflitos. A Conferência ocorreu de 1885 até 1887. Os países que já tinham domínio sobre algumas regiões expandiram seus territórios. Houve algumas resistências internas contra a modernização ocidental:
A guerra dos Bôeres
Os britânicos queriam ocupar as regiões de Transvaal e Rodésia, por causa das jazidas de ouro e diamantes, mas tiveram que enfrentar a resistência dos bôeres.
A disputa durou de 1899 até 1902, com a vitória dos britânicos.
O Apartheid
Além da destruição dos povos e suas culturas, houve na África o racismo, sendo de grande intensidade na África do Sul com a política de segregação racial, o apartheid.
Isso ocorreu a partir de 1911, onde ingleses e as populações brancas nascidas na África (os africâners) queriam o domínio sobre a população negra.
Em 1948 teve início o regime de segregação racial, o apartheid, com a chegada ao poder do Partido Nacional. As leis impostas aos negros foram:
• não tinham participação política;
• não podiam ter os empregos com melhor remuneração;
• tinham que viver em áreas longe das residências dos brancos;
• não tinham acesso à propriedade de terra.
Começaram a haver resistências. Nelson Mandela, líder do Congresso Nacional Africano (CNA), organiza oposições ao governo.
Muitos negros foram mortos quando faziam manifestações. Nelson Mandela acabou preso em 1962.
Depois de disputas pelo fim do regime, este começou a se enfraquecer.
Outras nações fizeram pressão para o fim do apartheid, o que fez por desestabilizar a economia africana.
O governo necessitava de mudanças, e em 1987 o Partido Nacional não consegue votos suficientes para continuar no poder.
O novo presidente Frederik de Klerk revoga as leis do apartheid.
Nelson Mandela foi solto em 1990 e voltou a dirigir a CNA. Ele ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1993 junto com Frederik Klerk, e em 1994 foi eleito presidente pelo CNA.
Muitas mudanças são feitas na África.
Os britânicos na Índia
A Índia estava sob o domínio dos ingleses desde o século XVI, por causa do comércio de especiarias. Os ingleses permaneceram lá através da Companhia das Índias Orientais, desenvolveram o comércio e consolidaram seu poder político.
Durante o período Imperialista, os britânicos já tinham um grande domínio na região. Os indianos não tinham participação política.
Lá na Índia haviam os hinduístas e os muçulmanos, que tiveram suas religiões desrespeitadas pelos ingleses que se julgavam superiores. Com isso houve insatisfações entre a população:
A guerra dos Sipaios
Os sipaios (soldados indianos), com a ajuda de alguns muçulmanos, se rebelaram contra os ingleses, matando mulheres e crianças. Os ingleses se vingaram e mataram muitos indianos.
A luta durou de 1857 até 1859, com a desintegração do movimento sipaio.
Em 1858, com o fim da Companhia das Índias Orientais, o poder foi passado para a Coroa inglesa. Alguns príncipes da Índia ganharam alguma autonomia, mas sendo vigiados pelos ingleses.
Houve mudanças em relação ao domínio britânico. Foram feitos investimentos na Índia: construindo transporte ferroviário e de comunicação; irrigação e o telégrafo.
Mas os indianos continuaram sem participação política.
Mahatma Gandhi
Gandhi não aceitava a dominação inglesa. Ele propôs uma resistência pacífica para derrubar o Imperialismo e alcançar a Independência.
Em 1885, o Congresso Nacional Indiano iniciou uma luta pela independência. Foi um passo importante no caminho para a autonomia.
O Imperialismo na China
A China não se abriu para o mercado europeu, mantendo-se isolada.
Esse isolamento durou até a guerra do Ópio em 1839, onde as nações européias puderam expandir seu comércio na China.
A Guerra do Ópio
O ópio era produzido na Índia. Os ingleses extraíam o ópio e, através da Companhia das Índias Orientais, vendiam aos chineses, obtendo grande lucro.
Esse comércio na China era ilegal, o governo proibía. Houve a destruição de caixas com a droga, fazendo a Inglaterra declarar guerra à China.
A guerra durou até 1842, com a vitória da Inglaterra. Os chineses tiveram que assinar o Tratado de Nanquim. As mudanças impostas pelo tratado:
• Hong-Kong passou para o controle da Inglaterra;
• os portos chineses foram abertos às nações européias;
• direito de extraterritorialidade aos ingleses.
A China sofreu outra derrota quando lutou contra o Japão pelo domínio da Coréia. Com o governo ainda mais enfraquecido outras regiões, como a Indochina e a Manchúria passaram para o domínio de outras nações.
Alguns tradicionalistas chineses chamados de boxers se rebelaram contra o domínio das nações européias. O movimento foi sufocado e a China teve que continuar se conformando com a dominação estrangeira.
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