quarta-feira, março 18, 2009

O CONTEXTO EUROPEU NA BAIXA IDADE MÉDIA E AS GRANDES NAVEGAÇÕES

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EUROPA MEDIEVAL (séc. V-XV):
Feudos auto-suficientes
Economia rural
poder político descentralizado
Clero, nobreza e servos
Terra: fonte de produção de riqueza
Domínio cultural e ideológico (teocentrismo)

APOGEU DO FEUDALISMO (séc. X):
Pressões demográficas
Cruzadas (séc. XI)
Abertura do Mediterrâneo para o comércio europeu
Início do Renascimento Comercial, tornando o Mediterrâneo o eixo econômico de toda a Europa; formação de uma nova camada social, a burguesia; passagem gradativa de uma sociedade estamental para uma sociedade de classes.
Conseqüente Renascimento Urbano, através do ressurgimento das antigas cidades medievais e do aparecimento de novas cidades nos novos entrepostos comerciais, onde a burguesia desenvolve seus negócios e onde surgem as Corporações de Ofício.
A associação entre burguesia e reis é uma via de mão dupla: fortalece os reis, favorecendo a formação dos Estados Nacionais Modernos, que por sua vez, garante a continuidade e ampliação dos negócios da burguesia; esta, por sua vez, garante o poder dos reis através do financiamento dos exércitos reais.
Como outra conseqüência do "desabamento" do mundo feudal, o Renascimento Cultural surge como uma revolução intelectual e psicológica que faz com que o homem passe a ser "a medida comum de todas as coisas", exaltando o individualismo, o racionalismo e formulando uma nova concepção antropocêntrica da natureza. Contrapõe-se, assim, ao teocentrismo e ao coletivismo medieval e adequa-se perfeitamente a "natureza social" da burguesia em expansão, cujo acúmulo de capitais vai fazendo com que a Europa fique pequena para seus negócios.
As Grandes Navegações surgem, assim, como conseqüência do crescimento e fortalecimento da burguesia européia em associação com os reis absolutistas, governantes máximos dos Estados Nacionais Modernos, e como fruto de uma nova mentalidade/cultura que não mais teme aquilo que é novo, misterioso ou pretensamente inexplicável/inexpugnável. O Oceano Atlântico é o paradigma da modernidade dos séculos XV e XVI. Nele já não habitam os monstros medievais. Nele está a concretização do ideal renascentista de reinventar o mundo, mesmo que Deus assim não o desejasse. Nas palavras do renascentista Ficino:
"Quem pode negar que o homem possui quase o mesmo gênio que o autor dos céus?
E quem pode negar que o homem também poderia criar de algum modo os céus, se pudesse obter os instrumentos e o material celeste?"

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AS GRANDES NAVEGAÇÕES
As causas
• Necessidade de quebrar o monopólio árabe/italiano no comércio do Mar Mediterrâneo
• Falta de metais preciosos para sustentar o comércio em expansão na Europa
• Poder centralizado – formação das Monarquias Nacionais
• Progresso Técnico/Científico
Expansão Portuguesa
Fatores do pioneirismo português:
• Posição geográfica favorável
• Paz interna
• Conhecimentos náuticos
• Unificação "precoce":* Dinastia dos Borgonha (de base política agrária): 1139
* Crise do século XIV na Europa: fortalecimento da buguesia portuguesa
* Revolução de Avis: 1385. Ascensão da burguesia mercantil portuguesa
Expansão Espanhola
• 1492: Colombo chega à América
• 1504: Viagem de Américo Vespúcio
• 1519: Fernão de Magalhães

Tratados entre Portugal e Espanha
• 1493: Bula Intercoetera
• 1494: Tratado de Tordesilhas
Outras expansões:
França
• Brasil: 1555 no Rio de Janeiro, 1612 no Maranhão e 1711 no Rio de Janeiro
• Canadá e Lousiana
Inglaterra
• Pirataria
• Tráfico negreiro
Holanda
• Brasil – Caribe – Nova Amsterdã
• Tráfico negreiro

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